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16 de mai. de 2014

As organizações precisam de uma nova gestão


Estamos em 2014 mas em se tratando da gestão das organizações parece que paramos no tempo.

Pequenas, médias ou grandes empresas sofrem dos mesmos problemas:

  • Funcionários desmotivados e sem engajamento com as metas e estratégias da organização;
  • Ruim (às vezes péssimo) nível de atendimento aos clientes;
  • Produtos/serviços pouco inovadores;
  • Corrupção financeira e moral;

Por quê chegamos a este ponto?

Da mesma forma que as escolas continuam educando nossos filhos como faziam há 200 anos atrás, a imensa maioria das empresas ainda é conduzida segundo princípios da Era Industrial.

Em meus 14 anos de vida corporativa, tive 10 chefes diferentes. Embora seja um desafio, esta troca constante de gestores é hoje é uma realidade para muita gente. A cada troca, você precisa se provar, mostrar seu valor. Por outro lado, sempre aprende com os diferentes estilos.

Aliar os aprendizados com outros gestores ao seu próprio processo de auto conhecimento e desenvolvimento profissional é uma das fórmulas para ter uma boa carreira. Este processo nunca pára em bons profissionais. Podem ser sênior em suas funções mas estão sempre aprendendo.

Com base em meus aprendizados ao trabalhar com outras pessoas, leituras e práticas com minhas equipes, desenvolvi um estilo de gestão baseado em 3 pilares: propósito, liderança e execução com excelência.

Logo de início quero dizer que não acredito que estes 3 pilares são a fórmula mágica e o melhor estilo de gestão do Universo. Não acredito nos autores que vendem fórmulas prontas e soluções definitivas. Estes pilares aplicados à gestão de times são apenas o fruto de meus aprendizados e práticas.


PROPÓSITO

É a base de qualquer empresa, equipe ou funcionário com alta performance sustentada (às vezes falamos muito de crescimento a curto prazo, mas o valor está na consistência a longo prazo). Entender e se conectar constantemente com o propósito do negócio e do indivíduo é fundamental para o sucesso.

Como criar uma cultura organizacional que incentive esta conexão com o propósito?

Crie grupos de discussão nas reuniões, indique leituras à respeito da importância do propósito em nossas vidas e para a organização, estimule uma comunicação aberta e transparente sobre o que funciona e principalmente sobre o que não funciona dentro da empresa.

Uma ferramenta essencial para despertar a reflexão sobre o propósito são as perguntas. Aqui vão algumas:

- Qual o legado de nossa organização?
- Se algum dia nossa organização acabar, faremos falta ao mercado? Ou somos apenas mais um player que deixou de existir?
- Do quê me orgulho em fazer parte desta organização?

Um bom caso sobre propósito é estudar o Nosso Credo da Johnson & Johnson, um documento criado em 1943 e que até hoje é discutido, aplicado e utilizado como guia para que a J&J se mantenha fiel ao seu propósito. Não é à toa que a empresa tem sido bem sucedida há mais de 1 século e hoje é a maior empresa de cuidados com a saúde do mundo.


LIDERANÇA

Muito se fala sobre liderança mas na prática a maioria das pessoas ainda vê liderança com a visão e preconceitos do século XX. Para esta mentalidade atrasada liderança é atributo exclusivo de poucos escolhidos, "nascidos para liderar".

No século XXI veremos cada vez mais o conceito moderno de liderança: um mundo no qual TODOS podem ser líderes, independente das funções que ocupam na sociedade ou empresa.

Liderança não significa hierarquia, aliás os melhores líderes são aqueles que conquistam seus times e não impõem as decisões.

As organizações modernas precisam cada vez mais de uma cultura na qual TODOS sejam líderes. Líderes democráticos, que saibam ouvir e trabalhar em equipe. Líderes autênticos, que saibam ter conversar difíceis com suas equipes/pares e ao mesmo crie condições para que os que estão ao seu redor se motivem. Líderes que saibam delegar e desenvolver a liderança nos outros.

E no que se refere à gestão de pessoas, vale a reflexão: você é (ou está se tornando) um bom gerente ou um bom líder?


EXECUÇÃO COM EXCELÊNCIA

Dos 3 pilares, este talvez seja o mais renegado pelas organizações. Muito se fala de liderança e até de propósito. A execução, no entanto, é vista muitas vezes como algo menor, algo a ser feito somente pela base da organização.

Você já parou para pensar qual o percentual daquele plano de negócios que está numa apresentação de PowerPoint que realmente "vai para a rua", ou seja, é executado no dia a dia? Na minha experiência, este número está entre 30 e 40% somente.

Talvez por isso o nível dos produtos e serviços seja tão ruim no Brasil (tanto no setor privado quanto público). Ninguém se preocupa com uma execução de excelência.

Por quê a qualidade da execução é tão baixa no Brasil?

1) A imensa maioria dos funcionários não tem a mínima noção do seu propósito de vida e como isso se conecta com o propósito da organização (se é que a empresa tem um propósito claro);

2) Esta mesma maioria não despertou sua liderança e continua acreditando que chefe = líder;

3) Sem propósito e liderança, como é que teremos uma execução com qualidade? Impossível!

Há organizações que se destacam em termos de execução. Minha recomendação é que você estude estes casos de sucesso (recomendo Natura e Toyota) e busque aplicar os princípios gerais em sua empresa.

25 de set. de 2012

Mudar ou apenas mais do mesmo



Há cerca de 250 anos, a Revolução Industrial mudou o Mundo.

As fábricas passaram a ser o motor propulsor da economia mundial. Surgiram novas relações de trabalho e migrações em massa de trabalhadores do campo para as cidades. O sistema estava mudando. Começava a Era do Capitalismo Industrial.

Há 80 anos, Henry Ford criou a linha de produção e mudou a indústria automobilística e o Mundo. A produção em massa se tornou possível e hoje em dia todas as empresas deste setor e de outros setores da economia utilizam seus conceitos de produção.

Em 1998 o Google foi fundado e está mudando o Mundo...

Qual será o próximo grande movimento que irá mudar o Mundo dos negócios?

Web 3.0, Negócios Sociais, os Mercados Emergentes?

Obviamente eu não tenho todas as respostas, mas acredito que este é um exemplo de como a pergunta pode valer mais do que a resposta.

Qual será o próximo movimento que irá mudar o Mundo dos negócios?

Sua empresa está ajudando a construir este novo Mundo ou apenas replicando o que estes 250 anos de Revolução Industrial construíram?

Estas questões devem estar no centro das discussões do Planejamento Estratégico da sua organização.

Afinal, você quer fazer mais do mesmo ou ajudar a construir algo novo, que revolucione e melhore o Mundo?

19 de fev. de 2011

Sua organização está preparada para o futuro?


Sua organização está preparada para o futuro ou simplesmente reage tardiamente à novas realidades de mercado?

Criar a realidade ou se molda a ela?

Este é um grande dilema para organizações e indivíduos.

Pessoalmente, acredito em uma expressão que li em alguns livros sobre Zen.

"Puxar e soltar"

Ou seja, há momentos em que precisamos criar, moldar o mundo de acordo com aquilo que acreditamos e defendemos e outros momentos nos quais é preciso ouvir, aceitar e se adaptar ao que o mundo nos apresenta.

O planejamento estratégico é um processo muito apropriado a esta discussão sobre a preparação para o futuro, se bem executado por suas organizações e se tornar algo muito maior do que somente alguns slides de Power Point.

Posso dizer o mesmo sobre a projeção de cenários. Um trabalho sério dispensa bolas de cristal e palestras com frases de efeito...

Um novo modelo mental é necessário.


MENTE FUTURISTA

Oscar Motomura - http://www.amana-key.com.br/


Qual o modelo mental de quem está o tempo todo perscrutando o futuro? E o modo de pensar de um executivo visionário e estrategista?
 
Entre os futuristas que conheço, um se destaca pelo índice de “acertos”: John Naisbitt (autor de Megatendências), que enxergou décadas antes o mundo em que vivemos hoje. Previu inclusive a ascensão da China. Mas como acerta tanto? Como ouviu muito isso, acabou escrevendo um livro sobre o próprio “modelo mental”, em que expõe suas principais premissas para prever o futuro.


Primeira: muitas coisas mudam, mas a maioria permanece constante. As mais importantes são constantes fundamentais na vida (família, escola, trabalho, religião, esportes) e precisam estar no tabuleiro o tempo todo. Na dimensão empresarial, que constantes devem-se levar em conta ao se projetar o futuro?

Segunda: o futuro está embutido no presente. Está conosco hoje e em todo lugar. Segundo Naisbitt, os jornais são o primeiro rascunho da História. Na sua empresa se conversa sobre os sinais do futuro já evidentes hoje?

Terceira: concentre-se no placar do jogo para distinguir fatos de aparências. O placar é fato. O que se diz sobre ele já é interpretação. Ao fazer previsões, você sabe distinguir fatos de opiniões?

Quarta: compreenda o poder de não ter de estar certo o tempo todo. Nesse estado mental, ficamos livres para pensar e entender o mundo e sua direção. Na sua empresa, todos são livres para usar a imaginação ou sentem-se obrigados a estar sempre certos?

Quinta: veja o futuro como um quebra-cabeça. Conecte, digamos, algo vivido no trabalho com algo lido no jornal. Veja como as peças formam uma nova imagem. O futuro não é linear. Sua empresa faz planos lineares ou prepara-se para incertezas e surpresas?

Sexta: não se antecipe demais ao desfile para não parecer que não faz parte dele. O momentum para um novo projeto já existe ou é uma possibilidade ainda remota?

Sétima: quando os benefícios são reais, as mudanças “pegam”. Resistência a mudanças é mito. Que benefícios reais seus clientes, o mercado e a sociedade buscam?

Oitava: as mudanças que mais esperamos sempre acontecem mais lentamente. Por impaciência, sua empresa assume riscos excessivos e até abandona projetos prematuramente?

Nona: o futuro é moldado buscando-se oportunidades, não solucionando problemas. Seus planos incluem oportunidades inéditas? Ou foca a resolução de problemas do passado?

Décima: não acrescente sem subtrair. Para detectar megatendências, foque as principais. Se surgir mais um fator importante, elimine um dos outros. Ao decidir por um novo negócio, produto ou serviço, quais dos antigos deve-se suprimir?

Uma 11ª premissa que Naisbitt adicionou: não esqueça a ecologia da tecnologia. A internet e o celular são um fenômeno tecnológico ou social? O que as novas tecnologias podem trazer à sua empresa, clientes, funcionários, acionistas, fornecedores e à comunidade? Até que ponto seus planos para o futuro colocam essas questões no centro de tudo? Boas previsões. Bons planos. Excelente Ano. Para todos. E para o todo.