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13 de fev. de 2016

Não acredito em palestras de treinadores esportivos aplicadas ao mundo corporativo


Eu não acredito em palestras de técnicos de futebol, vôlei e outros esportes aplicados para o mundo corporativo.

É como comparar bananas com maçãs. O que acontece dentro e fora de campo é muito diferente do que se passa num escritório ou no fechamento de uma visita na frente de um cliente.

Isso parece óbvio mas apesar disso muitos "professores" dos times mais badalados continuam a ser chamados para palestras nas empresas.

Além disso, 99,9% dos técnicos nunca trabalharam em empresas e não conhecem os desafios deste mundo.

Outra confusão muito comum: achar que o que vale para criar um time de futebol ou outro esporte vencedor, vale também para criar uma equipe de vendas (ou de outra área) de alta performance.

Talvez 10-20% seja comum. O resto é diferente e muito.

Esportes em geral são atividades repetitivas. No mundo corporativo repetição é algo cada vez mais raro. A dinâmica atual do trabalho numa empresa requer flexibilidade, atividades novas surgem toda hora e o famoso job description fixo está perdendo espaço.

Por isso, a forma que um esportista aprende é muito diferente da forma que um executivo aprende.

Competições esportivas tem ciclos curtos. No futebol, alguns campeonatos duram 6 meses, outros menos tempo. Assim, um treinador estilo duro, que lidera sua equipe pelo medo até pode dar resultados a curto prazo.

Numa empresa, de nada adianta dar resultado 6 meses e ficar o resto do ano no vermelho. Não é a toa que gestores linha dura geralmente não dão certo numa empresa. Os funcionários não aguentam a pressão e ficam desmotivados ou acabam saindo para trabalhar num concorrente.

Pegue o exemplo do filme que citei no post anterior. Até imagino um método radical como o do professor funcionando para a música (atividade repetitiva) e durante um curto período de tempo (como preparação para uma competição, por exemplo). Mas a eficácia deste método nunca irá durar muito num ambiente corporativo.

22 de dez. de 2014

Eu maior




"Felicidade não exige nenhuma formação. Só sintonia. Por isso digo que felicidade é um estado de espírito." Kaká Werá

"O grande catalisador não é a dor; é a crise. Ela purifica. O que não é substancial cai e fica só a substância." Leonardo Boff

"Às vezes a gente é tomado pelo barulho da nossas certezas. A gente é ensudercido pelo barulho das nossas certezas." Marina Silva



Há algum tempo tenho indicado este filme como um "presente virtual" para os amigos que fazem aniversário. Só agora me lembrei que nunca tinha falado sobre isso aqui no blog.

Um documentário sobre felicidade e o sentido da vida. Artistas, escritores, filósofos, cientistas, esportistas, todos refletem sobre estas questões essenciais.

Eu Maior apresenta um conteúdo para ser visto e revisto. Saboreado com calma.

O filme recebeu financiamento coletivo e com isso está disponível no Youtube e no site eumaior.com.br

Aproveite :)

20 de jun. de 2014

Qual atividade te faz feliz?


Dando continuidade ao post sobre práticas para despertar emoções positivas, vamos falar de outro componente do modelo P.E.R.M.A da Psicologia Positiva, elaborado por Martin Seligman.
Qual era sua brincadeira favorita quando criança? Como você se sentia quando praticava?

Naquele momento você certamente estava em estado de flow ou engajamento (não há uma tradução ideal para este termo em português).

Flow é o estado em que nos encontramos quando praticamos uma atividade que é desafiante o bastante para nossas habilidades. No meu caso, me sinto em flow quando ando de bicicleta em um ritmo acelerado e desafiante.

Todos nós praticamos uma série de atividades no dia a dia. Desde as rotinas de casa e trabalho, até a realização de projetos desafiadores como a apresentação de um plano de negócios ou criação de um espetáculo teatral.

Quando uma atividade é pouco desafiadora para nossas habilidades, temos a tendência de nos sentirmos desmotivados. Por outro lado, quando o desafio é maior do que as habilidades que temos para executar a atividade, nos sentimos ansiosos. Repare na representação gráfica deste conceito:



Flow é algo essencial para nossa felicidade. Você pode se sentir em flow cortando a grama de casa, escrevendo em seu blog ou dando aulas. Há diversas formas de atividades que te fazem feliz e são ao mesmo tempo saudáveis para seu corpo, emoções e mente.

O capítulo 4 do livro Introducing Positive Psychology, de Bridget Grenville-Cleave, apresenta uma série de práticas para você entrar em estado de flow.

1) Faça uma lista de todas as atividades que você realizou nos últimos dias. Estas atividades podem estar ligadas à esfera do trabalho, casa, família, amigos, voluntariado e etc. Reflita sobre a lista e avalie quais atividades te colocar em estado de flow. 

Depois desta reflexão, programe para você repetir suas atividades de flow favoritas nos próximos dias e anote como você se sentiu após realizá-las;

2) Caso você tenha que fazer uma atividade entendiante e repetitiva, busque maneiras de torná-la mais desafiadora. Uma forma é estabelecer uma barreira de tempo. Por exemplo: preciso limpar esta cozinha em até 10 minutos. Ou farei o supermercado na metade do tempo médio que geralmente faço;

3) Faça uma revisão das principais atividades do seu trabalho atual e da sua equipe (caso se aplique). Considere se as atividades estão proporcionando o nível adequado de desafio para as habilidades das pessoas. Caso não, monte um plano que pode envolver o treinamento para melhorar as habilidades ou novos projetos e atividades mais desafiadoras para você e sua equipe.

30 de abr. de 2014

Amanhã faz 20 anos

Me lembro muito bem daquele dia. Eu tinha 13 anos e estava passando mais um final de semana na nossa casa em Caucaia. Ir para lá era rotina de quase todos os finais de semana.

Foram anos muito felizes. Passávamos horas jogando bola, war e andando de bike. A vida separou alguns dos amigos, mas sempre vou lembrar daqueles momentos.

Às 09:00 do dia 01 de Maio eu estava em frente à TV, como a maioria dos brasileiros na época. Foi muito sofrido mas por algum motivo eu não chorei. Talvez por vergonha, talvez por não ter caído a ficha de que ele poderia morrer. Para quem era fã como eu, ele sempre parecia ter um ar de imortal, de super-herói.

Lembro que eu chorei e bastante, somente 6 anos depois, quando o Rubinho ganhou sua primeira corrida na F1. E naquele momento, lembrei do choro guardado de 1994.

Naquela época eu era uma criança e com certeza o achava um Deus. Vê-lo morrer ao vivo foi meu primeiro contato mais próximo com a morte. Eu nunca tinha ido ao enterro de algum parente e meus pais sempre tentavam me proteger do tema, como qualquer pai costuma fazer com seu filho (a).

Hoje, olhando de forma mais adulta, não acho o Senna um Deus, o salvador do Brasil, um homem sem defeitos. Isso é imagem criada pela mídia e pelo senso comum. Qualquer celebridade que morre precocemente costuma ser mais valorizada do que realmente é.

Ayrton Senna foi talvez o melhor piloto de F1 que já existiu. Se foi o melhor ou um dos melhores não importa. O que importa é seu legado. Ele conseguiu mobilizar uma nação que passava por momentos muito difíceis no final dos anos 1980 e início dos 90 para algo positivo: vencer, buscar a perfeição, lutar para ser o melhor. Isso é o que entra para a história. O resto é resto.

É isso que busco na minha vida e a lição que ficou para mim. Ser o meu melhor a cada dia.

Você já imaginou como será o mundo no dia em que todos conhecerem seus talentos e os praticarem em sua vida pessoal e profissional?

Amanhã faz 20 anos e já tem gente por aí que nunca ouviu falar de Ayrton Senna. Se você é um deles, aqui vai uma mostra do que ele fazia:

3 de fev. de 2013

Senna e a vida em 1 volta

Passei boa parte da minha infância e adolescência acordando todo Domingo às 08:00.

Meu roteiro era constante. Começava com o super herói da fiçcão MacGyver e depois o herói da vida real, Ayrton Senna.

Como Pelé, Michael Jordan e outros gênios do esporte mundial, Senna era a expressão pura do talento a serviço de seu trabalho. 

Na F1, o carro costuma ter um papel até maior do que o piloto. Pilotos bons em carros ruins dificilmente ganham corridas e campeonatos. Pilotos medianos em carros bons quase sempre ganham.

Senna era daqueles que descobriu como tirar o máximo de si em cada momento e isso se refletia em corridas fantásticas onde a lógica dita acima era revertida.

O GP da Europa de 1993 é um dos maiores exemplos de sua genialidade. Todo seu potencial pode ser traduzido em 1 volta.

Interessante notar os bastidores que envolvem a conquista. A importância da preparação, planejamento, confiança e acima de tudo talento a serviço de seu trabalho.

Como transformar cada trabalhador num "Senna" em sua profissão?

As pessoas que trabalham com você estão no lugar certo e possuem os talentos necessários?