1 de abr. de 2012

Design Thinking


Hoje terminei der ler "Design Thinking", do Tim Brown, fundador da IDEO, uma das mais respeitadas consultorias em inovação do Mundo.

É um livro ideal para quem está começando a estudar o tema.

Enquanto o Design tradicional pode oferecer soluções para o projeto de produtos e ambientes, o Design Thinking vai além e se apresenta como uma metodologia de inovação que pode ser aplicada por qualquer pessoa (e não somente por designers).

O Design Thinking surgiu no final dos anos 1990 no Vale do Silício nos Estados Unidos, quando os designers da IDEO começaram a ser chamados por empresas da região para propor não somente um novo layout de produtos, mas também criar novos serviços, entender as necessidades dos consumidores e melhorar a experiência vivida pelos clientes ao adquirir um produto ou serviço.

O processo de Design Thinking pode ser dividido em 4 grandes etapas:

1. Identificar e definir o problema/necessidade
2. Criar Soluções
3. Prototipagem
4. Implementar, Engajar e Aprender



Alguns insights do livro:

>> Todos podem se podem gerar inovação na organização. Tudo começa pela empatia com o cliente e suas necessidades

>> Decisões tomadas por um grupo de gerentes que não sai do escritório e apenas baseadas em gráficos e análises tendem a criar inovações no máximo incrementais. Para criar algo efetivamente novo e revolucionário, é preciso ver o "Mundo Real", estar junto com o cliente e entender sua realidade

>> Um bom briefing de projeto deve começar com a pergunta: "Como podemos?"

>> O problema a ser solucionado não pode ser nem muito amplo e nem muito restrito. "Como podemos acabar com a fome no Mundo?" é um exemplo de problema muito amplo.

>> Antes de lançar um produto ou serviço final, lance um ou vários protótipos. Dê tempo suficiente para que os protótipos sejam testados pelos clientes, obtenha feedbacks e faça correções. Por fim, escolha um caminho a ser seguido e lance o produto/serviço

>> A economia moderna demanda produtos e serviços que criem engajamento com os consumidores. Ninguém quer apenas comprar um produto e usá-lo. Consumidores modernos querem interagir com o produto o maior tempo possível. Um ótimo exemplo é o iPad, que permite aos usuários baixar Apps, filmes, livros, músicas, de forma a sempre personalizar o aparelho

Como Tim Brown reforça, trata-se de uma abordagem altamente centrada no Ser Humano, pois tudo começa à partir de um olhar empático sobre as necessidades dos indivíduos (e isso só é possível à partir da pesquisa de campo, quando os envolvidos em cada projeto tem um contato direto com os clientes).

Vejo algumas semelhanças entre o Design Thinking e a Teoria do U. As duas metodologias surgiram recentemente com a missão de solucionar problemas complexos enfrentados no mundo do século XXI, cada vez mais globalizado e conectado.

Pessoalmente, noto um viés mais humano e até espiritual na Teoria do U, enquanto que o Design Thinking parece ter uma motivação mais para o mundo dos negócios. Acredito que as duas metodologias se complementam e as pessoas que trabalham com ambas poderão se beneficiar deste olhar integral que uma possível combinação venha a trazer.

Na competitiva economia global em que vivemos, a inovação funciona como o coração de qualquer organização que queira continuar existindo. Teste a metodologia do Design Thinking e crie uma cultura inovadora na sua organização.

Que tal encarar sua vida como um protótipo, que pode ser testado e aprimorado inúmeras vezes?

Para conhecer mais sobre o Design Thinking no Brasil:

Um comentário:

  1. Muito bom Daniel! O Design Thinking realmente está mais preparado para o mundo dos negócios. Acho que por ter nascido numa mistura de ambiente acadêmico e profissional, o desenvolvimento acabou caminhando para ser algo real e de uso imediato. O grande segredo do Design Thinking é que ele é muito prático, ou seja, é mais Doing do que Thinking, e é isso que traz os resultados!

    Abraço!

    ResponderExcluir