18 de abr. de 2010

A Teoria do U




Como viabilizar processos de mudança em meio ao caos cotidiano em que estamos inseridos?

Um caminho para esta questão pode ser vislumbrado pela Teoria do U, desenvolvida por Otto Scharmer, professor do MIT e estudioso do desenvolvimento organizacional.

Os processos atuais de tomada de decisão e mudança nas organizações se limitam a olhar para o PASSADO (simples repetição de modelos já utilizados) e construir ações em desarmonia com as opiniões e interesses de cada um.

A máxima "não espere resultados diferentes se você age sempre da mesma forma" traduz bem esta questão.

Em contraposição à simples repetição de modelos já utilizados, a Teoria do U, nos apresenta um processo de mudança em 3 fases:

1. Sentir - Observar sem preconceitos e modelos mentais já estabelecidos. Apenas observar a realidade de forma a se tornar Uno com ela;

2. Presenciar - Após ter um diagnóstico "limpo" da realidade, acesse sua sabedoria interior e permita que as novas soluções para a questão apareçam;

3. Realizar - Fazer acontecer com rapidez e naturalidade.

A base da Teoria pressupões olhar para o FUTURO e construir este futuro em harmonia com nossa sabedoria interior (espiritualidade) e com aqueles que nos cercam e estão envolvidos na construção deste FUTURO. 

Algumas questões:

- Como criar ambientes de trabalho nas organizações que permitam surgir este novo modelo de tomada de decisão e mudança, baseado no FUTURO e na FRATERNIDADE?

- De que forma posso entrar no estágio 2 - Presenciar? Uma técnica como a meditação poderia ajudar nisso?

- Sabemos que a burocracia e a lentidão domina as grandes organizações modernas. Como ativar o estágio 3 - Realizar com naturalidade e rapidez, como um fluxo contínuo?

2 comentários:

  1. Daniel, parabéns pelo novo visual do Blog, ficou muito bom.
    O artigo que você trouxe em questão é muito interessante e uma questão a ser explorada nas empresas. Explorada por pessoas de cabeça aberta como você e com liberdade para tentar fazer algo acontecer no seu "microcósmo", enquanto que na empresa como um todo o fardo é mais pesado.

    Vejo uma limitação no estágio anterior ao da tomada de decisão e mudança, que acaba barrando o desenvolvimento do estágio subsequente. Esse limite encontra-se na falta de equilíbrio e satisfação que existe hoje nos ambientes de trabalho. Objetivos pessoais diferentes em um ambiente em desequilíbrio (seja por questões de liderança, falta de autonomia, carga de trabalho ou remuneração) faz com que cada colega esteja trabalhando em uma "vibração"diferente.

    Portanto vejo uma prioridade em unificar essa "vibração"no time para que seja aberto espaço a uma dínâmica onde todos possam sentir, presenciar e realizar - e tentaria entender melhor como seguir estes passos. Pelo meu entendimento o Presenciar tem mais a ver com utilizar uma técnica de jogo, brainstorm ou Gestalt.

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  2. Daniel, parabéns pelo blog.
    Seria possível fazer uma pesquisa entre os training sobre o por que de tanta desistência?
    É difícil de entender, pois o processo de seleção é difícil, longo e mais que nada não tem indicação pelo menos até chegar à penúltima fase, já depois, me consta, se depender das empresas de RH. só passam por indicação, caso contrário acontece se o grupo que chegou à penúltima fase e são encaminhados diretamente para a empresa que pagou pelo processo.

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